quinta-feira, dezembro 08, 2011


Dia 1° de Dezembro já foi, mas nunca é tarde pra divulgar a
Prevençao da Aids!!!

Assistam!!! ^^

quinta-feira, dezembro 01, 2011

A Globo e o Movimento Revolucionário

A ditadura militar que ocorreu entre 1964 a 1985 foi um período triste do pais e marcado por repressão por parte de militares no Brasil, onde eles deram o golpe de estado no pais. E os meios de comunicação, principalmente a TV, exerceram um papel importante para que o golpe militar em 31 de março de 1964 ocorresse.

Estavam no ar a Rede Tupi e a Excelsior, ambas saindo do ar mais tarde, como também a Rede Record e Cultura no ar até hoje, e a Rede Globo que até hoje é acusada de ter financiado e dado espaço a ditadura, entrou no ar em 1965.

Todas essas emissoras com exceção da Excelsior, apoiavam a ditadura. Durante os 21 anos de ditadura, era preciso “dançar conforme a música”. Caso contrário, quem pleiteasse um canal, não o ganharia. E quem tivesse uma concessão, perderia.

A Globo porem, foi diferente. Cinco anos depois de ter entrado no ar, já era líder em audiência em 1970. A emissora dos Marinho, conquistou espaço deixado pela Excelsior, e recebeu uma quantia de US$ 5 milhões do Grupo Time Life, para a compra de equipamentos novos, e modernos para a época.

De acordo com o livro Muito Além do Jardim Botânico, de Carlos Eduardo Lins da Silva, um dos grandes responsáveis pela liderança de audiência da Globo foi Walter Clark, que entre outras coisas, criou o chamado ‘sanduíche’ na programação, onde entre duas novelas, já na época o estilo de programa mais popular, deveria haver um jornal, neste caso o Jornal Nacional, que entrou no ar em 1º de setembro de 1969. Para garantir o Ibope, a novela das 19h tinha um estilo bem leve, quase cômico, e o das 20h, dramático. Estratégia perfeita, e que se mantém até hoje.

Também foram contratados nomes como Abelardo Barbosa, o Chacrinha e Dercy Gonçalves para atrair rapidamente a audiência do público. Silvio Santos – que já estava no ar desde 1962 na TV Paulista, comprada pela Rede – foi mantido no ar aos domingos.

Para Clark, não bastava ser líder de audiência. Era preciso criar o hábito de assistir a Globo. Coincidentemente, o JN estreou no período de maior endurecimento do Regime Militar, em 1969. O Ministério das Comunicações foi criado neste mesmo ano. O que interessava à ditadura era a chamada “Integração Nacional”. O JN foi o primeiro transmitido em rede. O tom formal e frio, com informações que interessavam diretamente ao regime, deu ao jornal o apelido de “porta-voz da ditadura”. Uma declaração do então presidente Emílio Garrastazu Médici – campeão do poder do regime sobre a sociedade – deu o tom do que era o JN.

“Sinto-me feliz, todas as noites, quando ligo a TV para ler o jornal. Enquanto as notícias dão conta de greves, agitações, atentados e conflitos, em várias partes do mundo, o Brasil marcha em paz, rumo ao desenvolvimento. É como se eu tomasse um tranqüilizante, após um dia de trabalho.”